O Sobrinho

Busco a saída deste mundo mas alguém deitou a chave fora. Finjo não entender aquilo que está à minha frente e refugio-me na incerteza de um não! Mais uma vez fui um fraco!!! Mais uma vez diante do mundo aprendi a dizer não!!! Mais uma vez…e que fosse esta a última vez.
Não consigo negar o que parece invisível aos meus olhos. Não posso fazer de conta que não existes apenas porque Te nego. Estás ai? Revela-Te! Dá-Me provas, não para mim mas para o mundo. Anseio anunciar-Te a todos, mas como? A mentira do não persegue-me e eu o que fiz para a evitar? Apenas me tornei mais um apóstolo da mentira. Hoje sinto ter sido eu a atirar a primeira pedra. Sinto que fui eu a pregar cada cravo d’Aquela Cruz. Mas não fui eu que rolei a pedra do túmulo conTigo. Morri para não viver e nessa Páscoa me enterrei para a eternidade! A porta do meu coração continua fechada. Já o mundo se alegra e a minha cara continua molhada pelas lágrimas secas que por Ti derramei aos pés d’Aquele Madeiro. Adormeci para a eternidade e ninguém me acordou. O meu espírito é pó e o vento já o levou. Neste momento resta-me cada momento passado para continuar a acreditar no futuro. Resta-Me a Tua voz a ecoar bem aqui a meu lado.
Hoje apenas Tu me bastavas para não voltar a dizer que não…