» David de Sousa on 19:56



Tenho medo que as coisas à nossa volta tendam para a construção que apenas nos conduz ao abismo. É demasiado fácil construir partindo do pressuposto que tudo está a correr bem e então vir apresentar mil coisas todas elas muito interessantes e até elaboradas. Mas quanto maior for o “peso” desta estrutura maior será a queda. Sempre que partimos para algo devemos garantir a sua estabilidade. Não aconteça, como nos diz o evangelho, que comecemos a construir algo e a meio, quando virmos que não chegaremos ao fim, termos de passar pela vergonha de admitir que não nos sentámos a pensar antes. Que partimos de um impulso sem ver as possíveis consequências.

Tudo o que altera a ordem natural dos factores faz-me uma certa confusão. Construir resultados para daí formar novas parcelas apenas fará com que tudo se parta e divida. Haverá quem ficará no meio do nada e outros inundados de coisas e projectos até bastantes aliciantes… quando numa dinâmica de grupo, cooperação e crescimento. Não passaremos de palavras e demagogias completamente vãs e inúteis. Seremos profetas do mundo terreno sem ligarmos esta terra ao céu.

Cumprir esta meta está ao alcance da nossa proposta cuidada, temporizada e paciente. “O amor tudo espera, o amor tudo pode!”. Não tenhamos medo de lançar a semente no bom terreno, nem tão pouco nos importemos se não formos nós a colher os seus frutos. Deixemos o tempo agir. Não deixemos de fazer o que temos a fazer mas sempre a pensar que as coisas precisam de ser regadas e de crescerem com o tempo.

Tudo isto passa pelo nosso projecto de santidade. Travemos o bom combate sem esperar nada em troca. Arrisquemos mais um pouco. Desafiemos mais alguém! Formemos primeiro Igreja e depois lancemo-nos nesta aventura divina de ser arautos da Palavra. Com base na unidade e confiantes que estamos a formar uma “nova era” de Cristo no mundo, sejamos esta geração de enamorados que buscam a felicidade com alicerces junto daqueles que connosco são comunidade.

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