O Sobrinho

Ao começar este texto a palavra “loucura” invade os meus sentidos. Será demasiado louco pensar-se nela? Será em si maneira de lidar com algo que nos prende? Será que transporta consigo uma missão que trazemos em nossas mãos?

A loucura aparece como uma maneira de explicar um sentimento. É a forma pouco racional de vivermos a vida. É a face quente que o mundo nos oferece ainda que esta não seja fácil. Sem esperar nada avançamos destemidos para o fim desta linha que ousamos percorrer. Quando me sinto perdido, julgo por vezes ser louco! Julgo que nada disto faz sentido! Mas será que é para fazer algum dia? Deus não será esta busca incessante de algo que dizemos acreditar…uma tal de Felicidade?

Quando o mundo pede o racionalismo teológico da fé, eu apenas estendo as minhas mãos e lhe dou esta minha condição de louco por um amor. Dou testemunho deste enamoramento que transporto pelos dias fora, ainda que doa, ainda que tenha que palmilhar muito até lá chegar. Sou um jovem apaixonado e preso a uma cruz vestida de branco. Sou um jovem testemunho desta vida que deu um pouco mais a este mundo sedento da luz que até hoje brilha para todos nós…