» O Tio on 14:27



Sabemos todos que a Santidade é a vocação primeira de cada cristão; é a «meta» fundamental de cada discípulo de Cristo; é o desejo mais profundo de cada coração que se sabe e sente amado pelo Senhor Jesus! Mais: desejar a Santidade será sempre ambicionar a maior das riquezas que há-de possuir o nosso coração. Ela é certeza da paz que nos foge; ela é fonte daquela serenidade que nos escapa; ela é o caminho da realização pessoal que não experimentamos; ela é a verdade maior que carece neste tempo e neste mundo; ela é o maior e o mais nobre desafio a que alguém se pode entregar…
O Evangelho do próximo Domingo como que nos relembra esse esforço permanente de verdade e de justiça, de humildade e despojamento, de simplicidade e de abandono confiante que deveriam ser as «armas» de todos os cristãos! Palavras divinas que nos exortam à conversão e à transfiguração de nós próprios e, por conseguinte, da própria Igreja a fim de que ela seja verdadeiramente «sal da terra e luz do mundo».Jamais seremos verdadeiro Povo de Deus enquanto pugnarmos por uma Igreja, uma Paróquia, um Grupo ou Movimento, um Coração e uma Vida de fé, esvaziados dos critérios evangélicos, radicais, ousados, decididos, exigentes, propostos pelo Senhor Jesus!
Faltam Santos na Igreja. Faltam Santos na nossa Comunidade cristã. Faltam homens e mulheres que se deixem seduzir, sem medos nem vergonhas, em absoluto, pela novidade permanente do Evangelho. Faltam corações de fé que se entreguem e abandonem definitivamente à vontade de Deus mais que às vontades e caprichos humanos.
Ser pequenino, ser simples, ansiar profundamente Jesus em nós, desejar acima de tudo ser «nada» para que Ele em cada um possa ser «tudo»: eis o caminho da Santidade. Ao jeito do publicano desse Evangelho. Para que Deus nos exalte segundo os seus divinos critérios. Para que Deus nos eleve de acordo com o seu sonho divino.
E o mundo será diferente.
E a Igreja será diferente.
E a nossa Paróquia será diferente.
E eu serei diferente.
E a Santidade torna-se uma «meta» bem à nossa disposição, bem possível e real para cada um de nós, peregrinos do Absoluto, caminheiros da Eternidade…

1 Comentários:

Comment by ' Claudjinha on 25 outubro, 2007 15:55

lol. obrigada pelo comentário. vejo que 'aproveitaste' algumas das minhas ideias para escrever este texto ;) sabes o que penso a esse respeito, que não quero ser um Nada para Ele em mim ser Tudo... pois o poema refere-se justamente a um 'ele' ou 'tu' q não existe, para mim. mas é sempre bom partilhar opiniões. continuas a escrever lindamente, bjs*