O Sobrinho

Já é tarde, demasiadamente tarde para muitos, ainda cedo no meu coração. Apesar da escuridão que veste o céu, os meus sentidos querem já amanhecer. Abrir suas portas ao infinito e lá poderem gritar que não existem barreiras. Não existem limites para se conseguir, no hoje e agora, um momento, um lugar onde a exactidão de um pulsar mais acelarado, sincronizam o “uno” que podemos formar. Um segundo, à muito perdido, bem dentro de nós…

Afastei-me mais uma vez de onde estou e vivo, para ver se realmente é odor a paixão, aquilo que sinto por aqui. Se realmente a luz daquele sepulcro vazio trespassou novamente a cruz. Se é real acreditar que o lado trespassado tem sentido único para a páscoa que testemunho. Talvez não seja louco de dizer que estou perdido entre panos de uma cruz vestida de branco e um Homem que me estende a Sua mão e me pede que O siga…

Ainda que o mundo não entenda e pressione; ainda que eu próprio não entenda o motivo de estar aqui… Talvez seja mesmo louco, mas talvez também seja preciso um pouco de loucura a cada um, para ver que todos somos precisos…aqui…pois amanhã a tua missão será o mundo!

Hoje não falo de coisas vãs ou que perdem o sentido por serem ditas por mim, é muito mais que isso! É parares para pensar quem realmente és aqui! Nesse mundo em que vives, onde habita Deus ou a tua dúvida? Sentes-te no vazio apesar de tudo o que te rodeia? O teu coração já pertence a Deus, pois por momentos fiz-te pensar n’Ele e n’Ele em ti...